POP: Resenha — CAMILA
Camila (ooh na-na) Cabello teve um 2017 cheio de altos e baixos, mas saiu dele com a sua Havana sendo uma das músicas mais executadas do último ano. Só que os fãs aguardavam mesmo era pelo lançamento do seu álbum solo de estreia. Esse dia chegou e é hoje (12). Camila está disponível em todas as plataformas digitais e prateleiras do mundo.
Dos quatro singles que a cantora usou para divulgar a sua carreira recém-nascida, apenas Havana permaneceu na enxuta tracklist do álbum (por motivos mais do que óbvios). Ela também é a única música do disco em que Cabello divide os vocais com alguém, no caso, o rapper americano Young Thug.
A produção do álbum ficou nas mãos de Frank Dukes, que já trabalhou com nomes como Rihanna, Selena Gomez e Lorde. Então não é por acaso que podemos encontrar um pouco do estilo delas no disco. O diferencial de Camila foi apostar na sua identidade latina. Boa estratégia numa época em que os ritmos latinos imigram com facilidade no mercado americano.
Triste é ver que Never Be The Same foi a faixa escolhida pela cantora para ser o segundo single e, com ela, promover o álbum. A música é totalmente genérica num material com ótimas opções disponíveis para dar credibilidade à nova carreira de Camila e incentivar o público a “esquecer” o seu hit cubano. Into It a ajudaria nisto.
Cabello participou da composição de todas as letras e os temas são aqueles recorrentes na vida de uma mulher de 20 anos mesmo. Não tem nada maduro e nem poderíamos esperar isto dela. Como eram no Fifth Harmony, seus vocais ainda são o seu ponto forte e nas músicas lentinhas isto fica bem notável (como em Consequences e Something’s Gotta Give).
Apesar dos trancos e barrancos, Camila mostrou que a sua dor, a sua cura e o seu amor lhe renderam bons frutos. Da última safra de discos pop, com certeza o seu é um que se destaca na colheita.